12ºD
terça-feira, 31 de maio de 2016
lições 123 e 124 - 31 de Maio de 2016
Papeis e estatutos sociais
Familia Flávio e Pedro
Família from flaviooshakur
Trabalho feito por:
Flávio Fernandes nº19
Pedro Castro nº28
segunda-feira, 30 de maio de 2016
Família - Patrícia Cardoso nº26
Família
A família é considerada a instituição social básica, a
partir da qual outras se desenvolveram dada a complexidade da vida social.
Tendo sido aceite como a mais antiga das instituições sociais humanas, a
família apresenta-se com um carácter universal, embora as formas de vida
familiar variem de sociedade para sociedade e de geração para geração. O tempo
e o espaço surgem, assim, como condicionantes da estrutura do grupo familiar.
O fim da família como unidade de produção económica, a baixa
taxa de natalidade, o divórcio, são alguns dos aspetos reveladores das mudanças
ocorridas na família.
Estas alterações sociais, mas também biológicas, como o
aumento da esperança média de vida, têm obrigado a família a adaptar-se,
originando novas formas de organização.
Alguns dos aspetos em que se pode encontrar mudanças em
relação à família tradicional incluem:
- · Novos tipos de famílias. Ex: Famílias monoparentais, recompostas e homossexuais;
- · Novas relações entre gerações, implicando uma participação mais ativa dos avós nas funções habitualmente entregues à família nuclear;
- · Novo relacionamento entre os membros do casal, em que se destaca uma aproximação dos papéis familiares e a democratização das relações conjugais;
- · Nova forma de família, naturalmente atípica, que consiste na monorresidência.
Família – noção, estrutura, tipos e
funções
Noção
É um grupo social doméstico baseado em relações de
parentesco entre os seus membros.
A sua constituição e organização gira à volta do conceito de
casa que é o local onde os membros da família se juntam para o exercício de
algumas das suas funções básicas – reprodução, socialização, produção e
consumo.
Estrutura da família
O tipo de família, designado por família extensa ou
consanguínea, estende-se por mais de duas gerações, incluindo os pais, os
filhos casados ou solteiros, os genros e noras, os netos, os tios e os primos.
A família é normalmente pensada em termos de um grupo mais
restrito, isto, o homem, a mulher e os filhos.
É chamada família conjugal ou
nuclear, que é baseada no relacionamento conjugal.
Em qualquer dos casos, a família partilha uma residência
comum e os seus membros cooperam para a satisfação das suas necessidades.
Independentemente da sua dimensão, os dois elementos
centrais da família são o casamento e a paternidade/maternidade.
O casamento é o padrão socialmente aprovado para que duas ou
mais pessoas estabeleçam uma família, e envolve as regras que governam as
relações entre marido e mulher. Essas regras definem como deverá ser
estabelecida a relação conjugal e como esta poderá ser dissolvida, os direitos
e as obrigações dos cônjuges. O tipo e o processo de casamento varia de
sociedade para a sociedade, consoante os valores, a práticas sociais e cultura
das diferentes sociedades.
Para a sociedade ocidental apenas existe um casamento -, o
monogâmico – um homem para uma mulher. No entanto, a maioria das sociedades do
mundo já conheceu a família composta, isto é, a família que se baseia no
casamento polígamo, que permite a pluralidade de cônjuges.
O processo de casamento também varia de sociedade para
sociedade. Enquanto na sociedade ocidental os casais podem fazer a sua própria
escolha, muitas vezes sob a orientação dos pais.
Ex: Na China antiga, o
casamento era combinado entre os pais, não tendo consideração os desejos do
casal;
Em algumas sociedades tribais a esposa é comprada pelo marido.
A família, como fenómeno social, apresenta diferenças de
acordo com a cultura dos povos.
Tipos de família
A diversidade de estruturas familiares que lentamente têm
surgido evidencia as transformações das modernas sociedades nas formas de
organizar e viver em família, sendo diversos os factores que para tal
contribuem.
Para efeitos de análise destas novas situações, é possível
alargar-se o conceito de família para o de agregado doméstico, que inclui
outros membros para além dos do núcleo familiar, podendo incluir até várias
famílias a viver no mesmo espaço doméstico, circunstância que resulta da
evolução e condicionalismos que caracterizam as modernas sociedades.
Funções sociais da família
Em todas as sociedades é possível encontrar uma forma de
família, desde a unidade representada pelo marido, mulher e filhos até ao grupo
de parentesco mais alargado nas sociedades rurais.
A explicação para o carácter
universal de família reside na própria sociedade.
A família mantém a
continuidade da existência social organizada.
A função sexual e a socialização
A família é a principal instituição através da qual a
sociedade regula a satisfação das necessidades sexuais e organiza a procriação.
A satisfação sexual fora do casamento é tolerado, mas a
procriação fora da família é menos aprovada socialmente. Isto prende-se não só
com os modelos familiares instituídos como na necessidade da função da
socialização ser exercida de forma mais próxima e afetiva, o que confere
prioritariamente esse papel à família.
A família prepara a criança para o desempenho de certos
papéis correspondentes ao seu género e estatuto.
A socialização de género, que reproduz modelos sociais
instituídos, é uma das funções que a cultura dominante atribui às famílias.
Aprende-se desde cedo o comportamento feminino ou masculino de acordo com o
respectivo sexo. Mas a aprendizagem dos modelos sociais é feita no contexto do
grupo social de pertença, ou seja, viver e crescer numa família é uma
preparação para uma situação de classe.
Os valores, os hábitos de vida, as
normas que a criança interioriza contribuem para a sua colocação social.
A função económica
Nas sociedades tradicionais, a família constituía a unidade
económica fundamental. A satisfação das necessidades exigia que os seus membros
trabalhassem em conjunto, partilhando o resultado da produção. Esta situação
mudou, porque a industrialização trocou o centro de produção da família para a
fábrica.
A revolução industrial alterou as relações sociais de
produção, originando uma nova ordem económica e social. O desenvolvimento do
capitalismo industrial exigiu que a produção evoluísse da fase artesanal e
manufactureira para a maquinofactura, com as máquinas a substituir o trabalho
manual.
Deixou de ser viável que a produção estivesse entregue às
famílias. Muitas das famílias passaram a assalariadas, possuindo apenas a força
de trabalho que vendiam no mercado em troca de um salário para o seu sustento.
Atualmente, a família já não constitui a unidade base de
produção, é apenas a unidade base de consumo. A empresa produz para o consumo
das famílias.
O consumo tornou-se numa das funções das famílias e condição
de sustentabilidade das modernas economias industrializadas.
Outras funções
É possível referir que em quase todas as sociedades cuidar
dos mais velhos é uma das funções da família. Embora nas sociedades
industrializadas, quando os mais velhos deixam de ser úteis produtivamente, o
Estado Providência conceda uma protecção oficial, através de reformas,
assistências na saúde e outros tipos de apoio, o acompanhamento aos membros
idosos constitui uma obrigação não só social como afetiva.
No entanto, os idosos têm uma função junto das gerações mais
novas contribuindo com a sua disponibilidade para auxiliar os pais na sua
tarefa de socialização e muitas ajudando economicamente o sustento das suas
famílias.
A família é uma fonte de segurança e de estabilidade onde os
progenitores ajudam os filhos a conquistar um nível de vida superior,
assegurando na retaguarda o apoio possível. É a afectividade que liga os
membros das famílias. A solidariedade entre gerações completa a célula
conjugal, numa sociedade que é cada vez mais funcionalista.
Vê-se então uma nova interacção entre gerações, podendo
constatar-se que a família atual implica interacções entre gerações.
Enquanto força social, a família está mais forte.
Família portuguesa
As famílias têm sofrido alterações nos seus padrões de
nupcialidade e de conjugalidade desde os anos 60.
Em Portugal, estas mudanças também se fazem notar.
Na área da nupcialidade podemos ver:
·
O aumento dos casamentos civil contra o
religioso;
·
O aumento dos divórcios;
·
A queda das taxas de nupcialidade;
·
O aumento do número de filhos fora do casamento;
·
O aumento da idade média do primeiro casamento
para ambos os sexos.
Na área das formas de conjugalidade podemos ver que:
- · A existência de outras formas de conjugalidade, como a união de facto como experiência de pré-casamento ou como alternativa ao casamento;
- · Uma mudança na forma como é vivida a conjugalidade assumindo o afeto, a intimidade, a partilha e a protecção, valores estruturantes.
Evolução da família
A família tem evoluído no tempo, apresentando dimensões,
estruturas e funções variadas.
É possível dividir em 3 períodos distinto as alterações na
vida familiar, desde a Idade Média até ao Presente.
É com a consolidação do capitalismo industrial, a partir do
século XIX, que a família adquire no Ocidente uma estrutura que ainda pode ser
reconhecida em muitas sociedades como Família Tradicional.
Contudo, é com a emancipação das mulheres que o modelo
tradicional é questionado originando novas formas de organização familiar.
Novos tipos de famílias
A família sofre as
alterações da sociedade que a rodeia, tanto na sua estrutura interna como nas
suas funções. Esta instituição social está num processo contínuo de mutação.
O divórcio tronou-se numa prática comum; a autoridade do pai
de família baixou; a divisão do trabalho no seio da família mudou; os filhos
são, desde pequenos, entregues aos cuidados de outras instituições pois as
funções sociais da família foram afectadas pelas mudanças sociais.
Esta crise tem levado à divulgação de formas de vida
familiar alternativas à família nuclear tradicional. Os grupos domésticos
conheceram profundas alterações nos últimos 40 anos, originando novas formas de
família.
Ex: Casos das famílias nucleares sem vínculo matrimonial, das famílias
recompostas e das famílias homossexuais.
A coabitação
É uma forma de vida familiar em que o casal mantém uma
relação sexual estável, vive em conjunto, mas não estão casados.
Em muitos países é uma prática social legítima, e como tem
vindo a aumentar implicou um estatuto legal.
Em Portugal, esta forma de família é chamada de união de
facto. Os casais em união de facto têm vindo a aumentar no país.
Famílias
homossexuais
É um tipo de família em que o casal é formado por indivíduos
do mesmo sexo. Em muitos países o casamento entre homossexuais é permitido,
estando legalmente previsto.
Em 2014 catorze países, tendo Portugal entre eles,
legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A educação de crianças pelas famílias homossexuais é a área
mais discutida.
Outras formas de vida familiar
«Canguru»
Uma das novas formas de vida familiar consiste na vida dos
filhos em idade adulta em casa dos pais. São principalmente do sexo masculino,
pois não encontraram emprego, ou por terem dificuldade em ter a sua própria
residência, encontram então na casa dos pais o apoio que necessitam para uma
vida independente, para além do apoio emocional.
«Sós»
É designada por monorresidência. Caracteriza-se pelo facto
de as pessoas viverem sós e abrange transversalmente a sociedade: jovens,
indivíduos em idade adulta por opção e idosos.
A monorresidência justifica-se em 3 ordens de fatores:
- · A composição sociodemográfica da população, com mudança nas estruturas etárias e estruturas familiares;
- · A propensão para viver só como garantia de autonomia individual;
- · A capacidade económica para viabilizar a monorresidência.
Novos papéis parentais
A economia industrial afastou da família os papéis e as
relações profissionais tradicionais.
A família já não se encontra unida pelo trabalho em
conjunto, uma vez que os seus membros, que se especializam, trabalham
separadamente.
Já não constitui uma unidade de produção económica,
transformou-se antes numa unidade consumidora de bens e serviços produzidos no
exterior.
A família conjugal tornou-se menor, à medida que os
processos de industrialização e de urbanização se desenvolveram. Nas sociedades
tradicionais, as famílias desejam ter vários filhos, pois são economicamente
úteis.
Para as sociedades industrializadas, as crianças deixaram de
construir um bem económico para se tornarem um encargo dispendioso.
Os valores
da sociedade urbana estimulam atividades e interesses fora do circuito familiar
e atribuem menor importância às famílias numerosas.
A tecnologia implica que a família não possa preparar
convenientemente os filhos para o desempenho dos seus futuros papéis de
elementos produtivos da sociedade. As tarefas educativas passam a ser
desempenhadas também por outras instituições, de que a escola e a média são os
maiores exemplos.
A entrada das mulheres no mercado de trabalho resultou numa
das maiores mudanças na vida familiar.
Um emprego renumerado veio aumentar a
independência da mulher em relação ao marido, pois o seu sustento já não
depende nele. Esta situação veio modificar as relações dentro do casamento.
A
família já não é dominada pela autoridade do homem, mas baseia-se numa relação
igual entre ambos.
A evolução da sociedade permitiu o aparecimento de novos
papéis sociais.
Lugar da criança em casa e na
sociedade
O lugar da criança na sociedade atual é diferente daquele
que ocupava há séculos atrás.
A sociedade pré-industrial exigia dos mais novos grande
esforço para os trabalhos no campo e outras atividades que metiam em causa a
sua vida.
Aos jovens era exigida colaboração, sobretudo por razões
económicas. Não havia tempo nem lugar para um crescimento descontraído e
afetivo.
Com a evolução da sociedade industrial e o desenvolvimento
económico, muitos aspetos mudaram nas práticas sociais e uma dessas áreas foi a
atenção posta na criança e na sua educação. Estando livres da imensa quantidade
de trabalho que uma vez os carregou tanto, a criança passa a centro da família
onde os afetos são o principal.
Os novos textos sobre direitos conferem à criança um
estatuto na família e na sociedade em geral, alterando profundamente as
práticas sociais. Esta dinâmica democrática tem retirado poder aos que mais de
perto lidam com as crianças, como é o da família, obrigando-a a estruturar-se
em função de novas solicitações, como a educação e o acompanhamento das
crianças.
A criança deve ser considerada como um ser humano específico
e não um adulto pequeno.
As crianças têm direitos, mas, também têm deveres.
A violência doméstica
A
violência doméstica é uma forma de abuso, geralmente físico, de um membro da
família sobre outro ou outros. Mulheres e crianças são, geralmente, as
principais vítimas.
É
praticada em casa, onde os olhos da sociedade não chegam.
Por força do controlo
social, da vergonha e até por ameaças, as vítimas calam-se e não contam a
ninguém o que estão a passar.
Os
abusos sobre crianças atravessam toda a sociedade, verificando-se em todos os
estratos sociais.
Podem envolver os seguintes aspetos:
- · Negligência;
- · Abusos físicos;
- · Abuso emocionais;
- · Abusos sexuais.
Qualquer
destes aspetos implica violência de um indivíduo mais forte sobre outro, o que
mostra o exercício de um poder sobre alguém, que não pode ou tem dificuldade a
defender-se.
Este
é o lado negativo da vida familiar que todas as sociedades têm vindo a
conhecer.
No entanto, a luta pelos direitos dos grupos mais frágeis da
sociedade tem proporcionado informação e apoio social.
terça-feira, 24 de maio de 2016
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