A
sociologia em Portugal
O anterior regime político deixou marcas profundas em toda a comunidade
científica portuguesa. Em domínios, mais contestadores da ordem social, como é
o caso das ciências sociais e da sociologia em particular, o poder político
nunca deixou a divulgação das ideias, a organização de debates, a formação de
especialistas, construindo uma paz Com o 25 de Abril de 1974 surgem novas
disciplinas, como a Sociologia podre e evitando o desenvolvimento de uma
comunidade intelectual autónoma e dialogante.
Aparecem centros de pesquisa, normalmente ligados às universidades,
constituem-se associações científicas, aparecem publicações de novas revistas
especializadas sobre o assunto, organizam-se encontros e congressos, ou seja,
numa palavra, consolidam-se as novas ciências sociais, onde a Sociologia irá
ter um papel fundamental na divulgação de novas ideias e no desenvolvimento da
sociedade portuguesa.
A ditadura desconfiava dos sociólogos e das ciências sociais e por isso
procurou sempre desvalorizar qualquer teorização do social e desta forma
impedir o seu desenvolvimento institucional: não permitiu que a sociologia
entrasse nas universidades, não permitiu organizações de índole social, nem a
publicação ou difusão de obras relacionadas com o pensamento sociológico. Isto
levou a que durante décadas, quem se aventurou por este caminho tivesse que o
fazer de uma forma clandestina.
Um verdadeiro marco na história da sociologia em Portugal, acontece em
1963 com o surgimento da revista Análise Social. Dava-se então início à terceira fase do processo de institucionalização
da Sociologia em Portugal. Importa
salientar que o processo de institucionalização da sociologia em Portugal, vai
coincidir com um período, em que a própria sociologia, enquanto disciplina
institucionalizada, atravessava uma fase de reorientação e recuperação de um
período muito crítico, em que toda a produção científica-social, tinha sido
posta em causa em toda a Europa. A crise de que se está a falar tinha a ver,
sobretudo, com o processo de desenvolvimento da própria sociologia.
A institucionalização tardia da sociologia em Portugal teve as
seguintes vantagens:
· A
abertura interdisciplinar do trabalho sociológico,
· A tendência para a auto reflexividade epistemológica e metodológica,
· O ajustamento entre dimensão teórica e dimensão empírica do social,
· Pluralismo teórico e metodológico, aliado à rejeição de orientações paradigmáticas exclusivistas,
· A combinação de metodologias quantitativas e qualitativas,
· A articulação de diferentes níveis de análise, macro, micro, global e local,
· O interesse por estudos inovadores e de “fronteira”,
· A combinação equilibrada entre a investigação fundamental, a investigação aplicada e a intervenção profissional.
· A tendência para a auto reflexividade epistemológica e metodológica,
· O ajustamento entre dimensão teórica e dimensão empírica do social,
· Pluralismo teórico e metodológico, aliado à rejeição de orientações paradigmáticas exclusivistas,
· A combinação de metodologias quantitativas e qualitativas,
· A articulação de diferentes níveis de análise, macro, micro, global e local,
· O interesse por estudos inovadores e de “fronteira”,
· A combinação equilibrada entre a investigação fundamental, a investigação aplicada e a intervenção profissional.
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